O presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Flávio da Silva Santos, foi preso nesta sexta-feira, 3, em uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra a chamada “nova cúpula do jogo do bicho”.
A ação cumpriu dois mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão contra Flávio e o bicheiro Rogério de Andrade. Rogério já estava preso desde outubro do ano passado. Segundo o MPRJ, ele continuará numa prisão federal, pra onde Flávio também deve ser enviado.
Vinicius Drummond, presidente da Imperatriz Leopoldinense, investigado como aliado dos denunciados, também é alvo da operação. Contra ele, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. De acordo com apurações do Gaeco, Andrade e Santos comandam a principal organização responsável pela exploração de jogos de azar no estado desde 2014.
A Mocidade definiu na madrugada de domingo, 21, o hino que irá embalar a Verde e Branco da Zona Oeste no Carnaval 2026. A obra vencedora, assinada pelos compositores Jefinho Rodrigues, Diego Nicolau, Xande de Pilares, Marquinho Índio, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Renan Diniz, Lauro Silva, Cleiton Roberto e Cabeça do Ajax, foi aclamada pela comunidade no Maracanã do Samba. A escola levará para a Avenida o enredo Rita Lee, a Padroeira da Liberdade, desenvolvido pelo carnavalesco Renato Lage. Na ocasião, em uma das ú8ltimas aparições públicas, Flavio subiu ao palco e fez um discurso aclamado. “A escola não anda sozinha. É todo mundo junto. A escola tem um presidente, por mais que falem que não, mas tem um presidente. E, mais importante que um presidente, a escola tem um patrono. As pessoas batem pelos problemas pessoais, tanto meus quanto do patrono. Mas, enfim, é tudo pela escola. O homem de confiança do bicheiro Rogério de Andrade subiu ao palco da quadra da escola, em Padre Miguel, pegou o microfone e fez questão de ressaltar que a Mocidade tinha presidente e, principalmente, patrono: Rogério.