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PF e governo federal fiscalizam fábricas de bebidas em três estados

Nesta sexta-feira, 3, a Polícia Federal e o Ministério da Agricultura e Pecuária realizam fiscalizações em fábricas de bebidas alcóolicas em três estados, em meio à escalada de casos de intoxicação por metanol no Brasil.

Segundo a PF, as ações de fiscalização ocorrem nos municípios de Campinas, em São Paulo; Poços de Caldas, em Minas Gerais; e Chapecó e Joinville, em Santa Catarina. Os agentes coletaram amostras das bebidas produzidas e armazenadas, que serão enviadas a laboratórios para detecção de substâncias proibidas ou em concentrações acima dos limites legais, além de rastrear os lotes e verificar a regularidade dos insumos utilizados na fabricação.

Por determinação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a PF abriu um inquérito no início da semana para investigar a cadeia logística de importação do metanol e a possibilidade de envolvimento do crime organizado, já que a substância que “batiza” as bebidas também pode ser utilizada por facções para adulterar combustíveis.

Até a manhã de hoje, o sistema nacional de vigilância sanitária já havia recebido 59 notificações de intoxicação por metanol em todo o país, com uma morte confirmada e outras sete em investigação. As ocorrências foram registradas em São Paulo (53), Pernambuco (5) e Distrito Federal (1).

Na última quinta-feira, 2, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu um processo para viabilizar a importação rápida de fomepizol, medicamento usado no tratamento de intoxicação por metanol que não tem registro no Brasil. Em regime de urgência, o Ministério da Saúde publicou um edital para identificar fabricantes e fornecedores internacionais do antídoto, além de determinar uma força-tarefa em laboratórios da rede nacional para agilizar os testes de casos suspeitos de envenenamento pela substância.

Também nesta sexta, o governo de São Paulo anunciou a distribuição de 2.000 ampolas de álcool etílico absoluto a centros de referência médica para tratar casos de intoxicação. Em todo o estado, nove estabelecimentos, entre bares, restaurantes e adegas, foram interditados por suspeita de venderem bebidas adulteradas com metanol.

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