counter Cometa raro faz sua maior aproximação de Marte nesta sexta, 3 – Forsething

Cometa raro faz sua maior aproximação de Marte nesta sexta, 3

Um cometa vindo de outro sistema estelar fará nesta sexta-feira, 3, sua passagem mais próxima de Marte, oferecendo uma rara oportunidade para cientistas estudarem de perto um viajante interestelar. 

Batizado de 3I/Atlas, o corpo celeste vai cruzar a vizinhança do planeta vermelho a 29 milhões de quilômetros de distância, deslocando-se a uma velocidade estonteante de 310 mil km/h. É apenas o terceiro objeto interestelar já identificado em nossa vizinhança cósmica.

O que torna esse cometa tão especial?

A maioria dos cometas nasce no próprio sistema solar, em regiões distantes como a Nuvem de Oort ou o Cinturão de Kuiper. O 3I/Atlas, porém, vem de fora dos limites do nosso sistema. Isso significa que ele carrega consigo matéria formada em torno de outra estrela, com composições químicas que podem ser diferentes das que conhecemos por aqui.

Sua descoberta em julho chamou atenção imediata porque encontros com objetos interestelares são raríssimos: antes dele, apenas ‘Oumuamua, em 2017, e o cometa Borisov, em 2019, foram identificados em trânsito próximo ao Sol.

Como será observada a passagem?

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O sobrevoo está mobilizando uma verdadeira frota de espaçonaves. Duas sondas da Agência Espacial Europeia que orbitam Marte já apontaram suas câmeras para o visitante cósmico, enquanto a Nasa prepara o apoio de seus rovers e satélites no planeta vermelho.

O objetivo é registrar o máximo de dados possível: imagens em alta resolução, medições da cauda e da atividade do núcleo, além da análise da poeira e do gás liberados pelo cometa ao se aquecer. Mais adiante, em novembro, a missão JUICE, da ESA, que está a caminho de Júpiter e suas luas geladas, também acompanhará o movimento do objeto.

Qual é o tamanho e a rota do 3I/Atlas?Estimativas do Telescópio Hubble apontam que o núcleo do cometa tem até 5,6 quilômetros de diâmetro, podendo ser muito menor, cerca de 440 metros. Ainda assim, sua velocidade e trajetória tornam o evento inédito: durante outubro ele fará sua maior aproximação do Sol e, em dezembro, passará relativamente próximo da Terra, a 269 milhões de quilômetros de distância. Mas sem qualquer risco de colisão!

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