O mercado financeiro vive de escolher para onde olhar. De um lado, há o shutdown nos Estados Unidos, que deixa investidores desabastecidos de dados cruciais sobre a economia, como o payroll, que seria divulgado nesta sexta-feira.
Apesar disso, as bolsas americanas avançam, com o índice Nasdaq indo a novos recordes. O motivo por trás do otimismo é, novamente, o setor ligado à inteligência artificial. A avaliação da Open AI, dona do ChatGPT em US$ 500 bilhões, elevou as apostas do mercado no segmento. Um segundo motivo é a assinatura de acordos entre empresas tech e companhias do setor de energia. Acontece que as IA são máquinas de consumir eletricidade, o que tem elevado inclusive a discussão sobre a sustentabilidade do produto.
O otimismo se estende nesta sexta-feira, com os futuros das bolsas americanas amanhecendo em alta. Sem payroll, o destaque é a bateria de PMIs, menos relevantes para o mercado.
Aqui, o EWZ amanhece em alta robusta de mais de 1%, após a queda das bolsas na véspera. A Faria Lima atribuiu a correção ao medo de que o governo federal implemente medidas de tarifa zero em transporte público, elevando gastos.
Para além das discussões domésticas, o fato é que a bolsa brasileira é extremamente dependente da Petrobras e das cotações do petróleo. O barril do tipo brent recuou para abaixo de US$ 65 nesta semana, puxando junto as ações da estatal e o Ibovespa. Hoje, parece ser dia de recuperação.
Agenda do dia
7h05: John Williams (Fed/NY) discursa em evento na Holanda
6h: Zona do euro divulga PPI de agosto
9h: IBGE publica produção industrial de agosto
10h45: EUA anunciam PMI composto final de setembro
11h: EUA publicam PMI de serviços final de setembro
14h40: Philip Jefferson discursa no Fórum Econômico de Drexel
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