O Tribunal de Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão de Júlio Cesar de Oliveira Silva Rodrigues, funcionário da TV Globo acusado de tentar extorquir o deputado estadual Alexandre Knoploch (PL). Ele seguirá preso por determinação da Central de Audiência de Custódia, nesta quinta-feira, 2.
O juiz Rafael de Almeida Rezende entendeu que a “gravidade em concreto do delito” e os indícios de reincidência justificam a medida. Além de Knoploch, o deputado Giovani Ratinho (Solidariedade) relatou ter sido procurado pelo acusado. Segundo depoimento registrado na 5ª DP, Júlio teria exigido R$ 300 mil para não veicular supostas reportagens contra o parlamentar.
O Ministério Público havia pedido a conversão da prisão, apontando risco de que o acusado pudesse interferir na coleta de provas. A defesa negou a prática do crime, alegou que ele é primário, em tratamento contra leucemia mieloide crônica, e pediu liberdade provisória, o que foi negado.
A Globo já havia informado que, ao tomar conhecimento da denúncia, acionou a Polícia Civil com uma notícia-crime. A emissora destacou que o funcionário estava afastado desde 2023 por licença médica, não tinha relação com o jornalismo nem com o Fantástico e que já foi desligado da empresa.