Em 7 de outubro, um livro póstumo de memórias de Ozzy Osbourne será lançado. Intitulado Last Rites, o livro já teve um trecho inédito publicado pelo The Times, em que Ozzy relata como estava sua saúde nos dias anteriores ao seu último show em Birmingham com o Black Sabbath, que ocorreu em 5 de julho deste ano, 17 dias antes do vocalista morrer.
Segundo o trecho, o show de despedida foi uma ideia de sua esposa, Sharon Osbourne, em 2022. “Eu não achava que tinha muita chance de chegar a 2025. Eu também pensava: ninguém vai querer fazer isso e ninguém vai assistir”, escreveu Ozzy. Para além de suas crenças de que um último show não seria vantajoso, Ozzy enfrentava problemas de saúde que iam muito além da doença de Parkinson, seu diagnóstico mais debilitante.
“Deveríamos deixar Los Angeles para ir para Welders House, nossa casa em Buckinghamshire, no início de dezembro de 2024, o que me daria uns bons sete meses para me preparar para minha grande despedida em Villa Park, em julho. Em vez disso, minhas costas doeram de novo. Então, peguei pneumonia, o que já é ruim o suficiente para uma pessoa normal, imagine alguém com Parkinson. Isso desencadeou meu enfisema, fazendo com que um dos meus pulmões afundasse. Meu médico se recusou terminantemente a operar minhas costas. Ele disse que eu estava muito fraco, que a recuperação poderia me matar. Mas eu não queria ouvir isso”, diz trecho do livro, traduzido livremente.
Ozzy então procurou outras opiniões de profissionais até encontrar um que topasse realizar a cirurgia. Depois, o cantor contraiu sepse, cuja medicação disponível tornou a recuperação ainda pior. “Quando me deram antibióticos para isso, isso me embrulhou tanto no estômago que eu não conseguia comer nada, então eu estava ficando mais fraco a cada dia. Sharon não me contou na época, mas a família inteira basicamente achou que eu era um caso perdido”. Depois de alguns meses em tratamento, Ozzy se recuperou da sepse, e teve pneumonia novamente.
De volta a Birmingham, os problemas de saúde não cessaram. “Três dias depois de finalmente chegarmos à Inglaterra, eu estava de volta ao hospital. Minha pressão arterial me manteve lá por oito dias, durante os quais eu não tinha nada para fazer além de me preocupar. Porque o show continuava crescendo. (…) Deitado na cama à noite, eu pensava: ‘Não posso ir, não consigo fazer isso’”.
O show, no entanto, aconteceu, e o Black Sabbath se apresentou em Birmingham ao lado de grandes bandas do metal atual — Metallica, Slayer, Pantera, Gojira, Halestorm, Alice in Chains, Lamb of God, Anthrax e Mastodon. O evento ocorreu no estádio de futebol Villa Park e teve também transmissão paga na internet, o que elevou a arrecadação a 200 milhões de dólares e o consagrou como o show beneficente mais rentável da história. O valor foi destinado a dois hospitais infantis da Inglaterra e à caridade Cure Parkinson’s, dedicada a financiar pesquisas que buscam mitigar os sintomas e erradicar a doença. Osbourne se apresentou sentado em um trono preto, pois apresentou dificuldades de se manter em pé.
Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:
- Tela Plana para novidades da TV e do streaming
- O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
- Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
- Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial