A Marinha israelense afirmou nesta quarta-feira, 1, que interceptou barcos que transportavam ajuda humanitária para Gaza, entre eles da ativista sueca Greta Thunberg. A flotilha reúne cerca de 50 embarcações que tentavam furar o bloqueio levando itens como alimentos, água potável, medicamentos e brinquedos. Há pelo menos 10 brasileiros e um argentino residente no Brasil entre as pessoas detidas, segundo a agência Brasil, como o ativista Thiago Ávila e a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). “Várias embarcações da flotilha Hamas-Sumud foram paradas com segurança e seus passageiros estão sendo transferidos para um porto israelense”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel no X. “Greta e seus amigos estão seguros e bem”.
Ainda na quarta-feira, antes da flotilha ser interceptada, a Itália e a Grécia pediram conjuntamente a Israel que não causasse ferimentos aos ativistas a bordo e pediram à flotilha que entregassem sua ajuda à Igreja Católica para um encaminhamento indireto a Gaza — apelo que já foi rejeitado pela flotilha anteriormente.
O grupo recusou a mediação, oferecida após os navios serem alvos de drones israelenses na semana passada, alegando que também está entre seus objetivos “furar o assédio ilegal” de Israel contra a Faixa de Gaza. “Não podemos aceitar essa proposta porque ela busca impedir que nossos barcos naveguem em águas internacionais, com o risco de ser atacados. Estamos prontos a avaliar mediações, mas sem mudar de rota, porque isso significaria admitir que não é possível fazer nada contra um governo que opera de forma ilegal”, declarou a porta-voz italiana da Flotilha Global Sumud.