O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, afirmou que a investigação da Polícia Federal sobre a venda de bebidas adulteradas com metanol, que causaram a morte de cinco pessoas em São Paulo, deve servir de “laboratório” para mostrar a importância de uma política nacional integrada no combate ao crime organizado.
Em entrevista ao Ponto de Vista, de VEJA, Sarrubbo destacou que a atuação da PF, em cooperação com estados e órgãos de defesa do consumidor, evidencia como a centralização das apurações pode gerar resultados mais eficazes. “Esse é um momento de integração. O espírito do Ministério da Justiça é de cooperação, e é esse também o espírito da PEC”, afirmou.
O secretário relacionou o episódio à tramitação da Proposta de Emenda Constitucional da Segurança Pública que busca ampliar a cooperação entre as forças estaduais e federais. Segundo ele, a falta de um modelo nacional de integração, nas últimas décadas, abriu espaço para a expansão do crime organizado para além do eixo Rio-São Paulo.
“A resposta é sim: trata-se de um laboratório importante. Se tivéssemos há 20 ou 30 anos uma política nacional integrada, talvez o crime organizado não tivesse se espalhado para a Amazônia e outras regiões do país”, disse Sarrubbo.