Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 78% das indústrias brasileiras consideram a regulamentação do mercado de carbono uma pauta importante para o setor, “essencial para dar segurança jurídica e previsibilidade aos investimentos”. O marco legal foi sancionado em 12 de dezembro de 2024.
“O número reflete a preocupação do setor industrial com a agenda de sustentabilidade e as oportunidades econômicas associadas à transição para uma economia de baixo carbono”, afirma Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.
“O mercado regulado de carbono é uma das estratégias da indústria para descarbonizar o setor”, acrescenta.
O governo Lula anunciou que o processo de regulamentação do mercado de carbono no Brasil será conduzido em cinco etapas. As fases incluem:
- detalhamento dos setores que estarão sujeitos à regulação;
- definição dos critérios de elegibilidade e dos limites de emissão;
- estruturação do processo de monitoramento, reporte e verificação (MRV);
- definição das regras de alocação de permissões de emissão;
- operacionalização do sistema, incluindo o funcionamento do mercado e dos instrumentos de flexibilidade, como o comércio de créditos.
Conduzido pela Nexus, o levantamento entrevistou, no ano passado, 1.000 executivos de indústrias de pequeno, médio e grande porte em todos os estados brasileiros.
