A participação de Michelle Bolsonaro em atos marcados para o próximo domingo, 7, vai depender do estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro, e apenas será confirmada no próprio domingo, informou a assessoria da ex-primeira-dama.
Segundo a sua equipe, caso Michelle de fato tenha condições de estar presente, ela participará da manifestação que acontece em São Paulo, na Avenida Paulista, e que está sendo organizada, como de costume, pelo pastor Silas Malafaia.
A ex-primeira-dama também gravou uma mensagem de áudio que será reproduzida em todas as cidades nas quais haverá atos do bolsonarismo. Ainda de acordo com a assessoria, o teor da gravação será mantido em sigilo e os estados receberão os áudios apenas poucos minutos antes do início dos respectivos eventos.
Com o mote “Liberdade e Justiça”, as manifestações pró-Bolsonaro no Dia da Independência acontecem em diversas capitais e terão como principal reivindicação a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. Em São Paulo, está prevista, ainda, a presença do governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Ausência
Considerada uma das vozes mais populares e eloquentes do bolsonarismo e bem colocada nas últimas pesquisas de intenção de voto como sucessora de Bolsonaro, Michelle não esteve presentes nos dois últimos grandes atos realizados em São Paulo — em 29 de julho e em 3 de agosto.
A ausência na manifestação de julho — a última com a presença física de Bolsonaro na capital paulista — foi justificada por aliados pelo fato de que Michelle estaria participando, na mesma data, de um evento do PL Mulher em Roraima. Não houve, no entanto, nenhum registro de tal evento e, à época, pessoas próximas ao ex-presidente afirmaram a VEJA que a ex-primeira-dama não compareceu por alguma provável indisposição ou desentendimento em relação ao ato.
Já no início de agosto, Michelle não participou do ato na Avenida Paulista porque estava liderando a manifestação que acontecia em Belém, no Pará.
O ato de agosto em São Paulo surpreendeu o entorno bolsonarista por ter reunido um número significativo de apoiadores mesmo sem a presença de Bolsonaro. O ex-presidente participou por ligação de vídeo — um dia depois, a atitude ensejou o pedido de prisão preventiva, decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O entendimento de Moraes foi o de que o ex-presidente havia descumprido as medidas cautelares das quais já era alvo.