Uma má notícia foi divulgada nesta quinta-feira, 20, pelo Instituto de Pesquisa Cananeia (IPeC): 350 pinguins foram encontrados mortos em praias do litoral sul de São Paulo. As carcaças dos animais começaram a surgir há cinco dias nas praias de Iguape, Ilha Comprida e Cananéia. “ Nos últimos monitoramentos realizados no trecho da Ilha Comprida tivemos um grande número de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encalhados, todos já sem vida e em estágio avançado de decomposição, o que impossibilita de chegarmos na causa exata de sua morte”, comunicou o IPeC.
Entre possíveis causas, levanta-se a hipótese de ser um efeito da migração de longa distância. Nesta época, eles saem da costa chilena da Patagônia para o Brasil em busca de comida, devido as águas mais quentes desta região, que são ricas em nutrientes atrativos. Durante a longa jornada podem ter encontrado problemas, segundo o IPeC, para se alimentarem, por exemplo. Parasitoses, quadros infecciosos e ainda a interação com a pesca ainda são causas a serem estudadas, mas que não são descartadas.
O IPeC, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias PMP-BS, segue registrando essas e as demais ocorrências nas praias de Iguape, Ilha Comprida e Cananéia. O número de vítimas pode aumentar. Em comparação às mortes dos anos anteriores –sim, porque são baixas comuns em uma longa viagem –este episódio está entre os mais severos da última década. Em 2019, o período mais trágico, há registro de 500 mortes, e, em 2018, 282. Caso encontre algum animal marinho debilitado, na região de Cananéia, Iguape e Ilha Comprida, o IPec pede que comuniquem pelos telefones: (13) 3851-1779; 0800 642 33 41; whatsapp: 13 9 9691 7851.
Leia:
+https://veja.abril.com.br/ciencia/por-que-os-pinguins-procuram-a-costa-brasileira-no-inverno/
