Esta segunda-feira, 25, foi dia de festa na Praia de Moçambique, em Santa Catarina. Os convidados de honra: 14 pinguins-de-Magalhães, que chegaram em gaiolas. Assim que foram soltas, com passinhos engraçados, seguiram para o mar, com a ajuda de uma escola de integrantes do centro reabilitação da R3 Animal. Também havia uma plateia satisfeita com a soltura dos pinguins. Este ano foram achados 600 animais, dos quais apenas 40 sobreviveram, depois de muitos cuidados do R3, executora do Projeto de Monitoramento da Bacia de Santos (PMP-BS), de responsabilidade da Petrobras.
As aves marinhas soltas chegaram muito machucadas. Algumas foram vítimas de instrumentos de pesca, durante deslocamento vindo das colônias. Uma delas, resgatada na Praia de Bombinhas, no dia 20 de julho, chegou com olho machucado, na costa catarinense. Tinha um anzol no globo ocular. Depois socorrida e o instrumento retirado, foi enviada para o centro de estabilização e depois de um mês para a reabilitação. Quando a lesão estava em processo de cicatrização, os veterinários identificaram nova irritação no olho. O tratamento com colírio resultou em melhora significativa e a visão não foi comprometida. O pinguim voltou a comer voluntariamente, ganhar peso e nadar para melhorar o condicionamento físico, até que ficou apto para soltura.
“É difícil ver o estado que eles chegam para a reabilitação”, Dariana Nesello, médica veterinária do PMP-BS/R3 Animal. A maioria chegou afogada e com lesões. “É muito gratificante ver que o nosso esforço deu certo: conseguimos formar um grupo saudável, que agora voltou para a natureza.” Mesmo sendo poucas as sobreviventes, a vitória é grande.